GUITARRAS EXÓTICAS

T O G A M A N     G U I T A R I O L

Barry Cleveland

     Se alguma vez você já tentou imitar uma estrela do rock dos anos 60 ao tocar uma guitarra elétrica com um arco de violino, saberá que o resultado pode ficar aquém do esperado. Captadores de guitarra não foram projetados para capturar o som criado pelo toque com arco, logo, é grande a probabilidade de que o som saia magro e quebradiço. Outra razão do insucesso do arco é o fato de a escala e a ponte da guitarra encontrem-se em um mesmo plano, tornando impossível tocar as cordas individualmente, exceto a primeira e a sexta. É claro, você será capaz de produzir sons legais – especialmente se acrescentar eco, reverb e um wah wah -, mas a desvantagem é que você jamais será capaz de tocar arpejos e linhas melódicas do mesmo modo que um violoncelista ou violinista.  

     Com a intenção de que sua guitarra fosse capaz de executar esta façanha, Jonathan Wilson, da TogaMan, criou a GuitaViol, uma peça híbrida que combina elementos da guitarra e de tradicionais instrumentos de arco. Ela possui seis cordas e braço com trastes. É afinada como uma guitarra normal, porém as escalas e a ponte são curvados para permitir acesso individual às cordas. Há cutaways em ambos os lados para acomodar o arco durante a performance.

      A eletrônica utilizada na GuitarViol não possui nada em comum com aquilo com que você está acostumado. O captador BOWD Horizon patenteado é construído dentro da ponte e é conectado a um mixer EMG 6CH de seis canais, com potenciômetros individuais de ganho para cada uma das cordas (acessível pela cavidade na parte de trás do corpo). Existe ainda um sistema de captadores magnéticos ativos EMG 4SW com um sensor para cada duas cordas. Os dois captadores passam por um sistema EMG BTS ativo, que combina controles de volumes individuais para cada um dos pickups, controles ativos de boostl  corte para graves e agudos em um botão de volume-máster. Se você desejar ir ainda mais fundo em direção a um universo musical desconhecido, pode adicionar o captador MIDI Graph Tech Expander por um valor adicional de 350 dólares.

       Cada instrumento é produzido à mão por encomenda. Vários acabamentos estão disponíveis. A construção é de primeira linha em todos os aspectos, com minúsculas imperfeições e a bela ponte e escala adicionam um toque de elegância.

   Demora um certo tempo até nos acostumarmos a tocar a GuitaViol. Wilson recomenda posicionar a traseira di instrumento sobre as pernas – embora também seja possível tocá-lo com correia – e segurar o arco com a ponta dos dedos, com a mão quase perpendicular ao arco. A escala curta e curvada e os traste de mandolim exigem mudança nas digitações. Além disso, tocar atacar cordas com alturas diferentes intimidador. Entretanto, com persistência, você logo perceberá como a GuitaViol se torna confortável e com uma tocabilidade natural.

    Os dois captadores oferecem opções tonais muito diferentes, com o pickup da ponte otimizada para toque com arco e o EMG para pizzicato (tangendo as cordas). A qualidade sonora em ambos os casos é excelente, embora eu tenha preferido a mistura dos dois por meio dos controles individuais de volume. Extraí ótimos sons deste instrumento, fosse usado um amplificador de guitarra, um pré-amp valvulado ou a entrada da mesa de som.

Embora a GuitaViol seja um instrumento caro, chega a ser quase uma peça obrigatória em um arsenal sonoro. Já comecei a fazer minha poupança!

     ESPECIFICAÇÕES

*Capotraste Earva CTS

*Braço parafusado de maple 

com escala 21" e dimensões

compostas(7,5" no nut;2,5

na ponte)

*Escala com 24 trastes

*Tarraxas Sperzel com trava

*Corpo sólido de alder

*Captadores: BOWD Horizon 

patenteado e magnético EMG

4sW ativo

*Sisteme ativo EMG BTS com

controles de graves, agudos, 

 volume de cada captador e 

volume-máster